terça-feira, 14 de junho de 2011

Re(interpretação) de uma obra de Arte





Senhora com arminho, Da Vinci


Os estudiosos acreditam que na tela está pintada uma senhora de seu nome Cecilia Gallerani.
Ao primeiro olhar vemos uma dama com um arminho ao colo surpreendida por algo vindo do lado da luz que a ilumina e a faz esboçar um sorriso.

O movimento que ela faz de girar a cabeça é acompanhado pelo arminho que também olha, precisando a dama de o segurar com a mão para ele não saltar.
Este gesto de segurar o arminho é simultaneamente uma caricia. Por outro lado, a tensão visível no pescoço do arminho mostra como ele está em posição de defender a sua dama enquanto permanece junto ao seu coração.

O quadro foi encomendado a Leonardo da Vinci pelo duque de Milão, Ludovico o Mouro e a dama era sua amante. Uma vez que o duque usava como símbolo o arminho, os gestos da dama são também dirigidos simbolicamente ao duque, mostrando os sentimentos que ela tinha por ele.
Mas o que faz a gloria desta pintura não é a sua história mas a proeza inédita da sua técnica. Até ter sido pintado em 1488-1490 nunca ninguém pintara uma pessoa nesta posição, com o corpo a três quartos virando a cabeça a 90º para olhar a luz que vem das costas e assim ficar com o rosto completamente iluminado quase de frente para nós.
Independentemente da rigidez a que esta posição obriga  a modelo mantém uma elegância despreocupada comum aos retratos de Leonardo nomeadamente Mona Lisa.





 Trabalho de Beatriz Cesaroni, 2011

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Wanderer above the Sea of Fog (viajante sobre um mar de nevoeiro),  Caspar David Friedrich
                                                                            1818
                                                                                                                        98,4x74,8 cm












Diana Gomes, 2011

terça-feira, 7 de junho de 2011

Land Art

Land Art
Robert Smithson "Spiral Jetty" 1970


Spiral_Jetty__R._Smithson.jpg



Este efeito é gerado pela colónia de caranguejos que habita as águas em redor da espiral.


Land Art ou arte da Terra


Land Art nasce  nos anos 60,  foi  considerado um movimento artístico, de intervenção na natureza, paisagens como desertos, vales, lagos,  mares e  áreas urbanas, como  grandes cidades metropolitanas. 
Muitos dos artistas que aderiram a este movimento, trabalhavam a partir da questão que a
obra só poderia ser sentida e percebida, se o espectador / fruidor estivesse dentro dela.
O mais interessante neste movimento reside no simples facto que o  suporte material,  e na  génese da obra de arte existe no local onde a obra é realizada. Os artistas tiram  partido  das características inerentes  meio. Um dos artistas de referencia e  mais inebriantes é o Robert Smithson.


 
As duas primeiras fotografias da espiral



A expressão "land art" refere-se às criações artísticas que utilizam como suporte, tema ou meio de expressão o espaço exterior. A partir do final da década de 60 torna-se evidente a procura da natureza (o campo, o deserto ou, mais raramente, o espaço urbano e o mar) por alguns artistas, inicialmente americanos, mas integrando significativas contribuições de artistas ingleses e holandeses, para desenvolverem obras de arte. Estes artistas, que se integram num movimento cultural mais vasto que preconiza o "regresso à natureza", têm a intenção de ultrapassar as limitações do espaço tradicional das galerias, recusando o sentido comercial e mercantilista que a produção artística assumia nesta década. Quase todas as manifestações de Land Art são efémeras, ligando-se intimamente à paisagem para e na qual foram criadas, procurando normalmente locais inacessíveis ao público. Estas experiências, destruídas mais ou menos rapidamente por acção do tempo e dos agentes naturais, colocam o problema da perenidade da obra e determinam a necessidade de usar meios de registo e de documentação como o vídeo ou a fotografia. Muitos destes trabalhos são apenas conhecidos pelos documentos que os representam.
Na origem da Land Art esteve a tendência para utilização de elementos naturais, como a pedra, a terra e o sal como meio expressivo e como elementos constituintes das obras de arte, presente nas obras de Walter de Maria e de Robert Smithson.
A corrente da Land Art apresenta duas tendências. Uma, mais delicada, entende o natural como lugar de experimentação, com grande liberdade de ação. Foi protagonizada pelo holandês Marinus Bozem e pelos ingleses Barry Flannagan e Richard Long, que realizaram trabalhos com folhas e pedras, colocados na paisagem onde pretendiam colocar em paralelo diferentes formas naturais.
Outra tendência, centrada nos Estados Unidos, exprime-se de forma mais radical e espetacular. Uma das suas experiências mais conhecidas é a "Espiral", realizada por Robert Smithson em 1970, no Great Salt Lake, construída com terra e pedra sobre a água, numa extensão superior a quatrocentos metros, posteriormente destruída pela própria água.


Como referenciar este artigo:Land Art. In Infopédia [Em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2011.
 [Consult. 2011-06-08].
Disponível na www: <URL: http://www.infopedia.pt/$land-art




Monday 25th August 2008 4pm - Visited Robert Smithson's Spiral Jetty on the Great Salt Lake in Utah

Com a erosão do tempo as pedras do lago tornarm -se brancas.







Robert Smithson.













Realistas

Albert Herter


Albert Herter, Portrait of Bessie, 1892, oil on canvas. High Museum of Art, Atlanta, Georgia. Photography: Peter Harholdt.


quinta-feira, 2 de junho de 2011

Surrealismo

Pintor de imagens insólitas, às quais deu tratamento rigorosamente realista, utilizou-se de processos ilusionistas, sempre à procura do contraste entre o tratamento realista dos objetos e a atmosfera irreal dos conjuntos.
Suas obras são metáforas que se apresentam como representações realistas, através da justaposição de objetos comuns, e símbolos recorrentes em sua obra, tais como o torso feminino, o chapéu côco, o castelo, a rocha e a janela, entre outros mais, porém de um modo impossível de ser encontrado na vida real.











terça-feira, 31 de maio de 2011

Pintura Flamenga

Jan Van Eyck



Jan Van Eyck
(1433)
A man in a turban.( possivelmente auto retrato).
(25.7 x 19 cm)



12969546_Margaret Van Eyck  Wife of the Artist  1430
Margaret Van Eyck Wife of the Artist 1430


  

Jan van Eyck (Maaseik?, c. 1390 — Bruges, 1441) foi um pintor flamengo do século XV, irmão de Hubert van Eyck e pupilo de Robert Campin. Foi também o fundador de um estilo pictórico do estilo gótico tardio, influenciando em muito o Renascimento nórdico. Como tal, é visto como o mais célebre dos primitivos flamengos.

Teve como bases para a sua carreira artística o escultor Klaus Sluter e Broedeldam, duas distintas personagens da arte flamenga.
Foi um pintor igualmente caracterizado pelo naturalismo, imperando na sua obra meticulosos pormenores e vivas cores, além de uma extrema precisão nas texturas e na busca por novos sistemas de representação da tridimensionalidade, ou seja, a perspectiva.

Van Eyck, porém, não recorria com tanta frequência à perspectiva, pintando, desta feita, a madeira em que concebia os seus quadros de branco, o que concedia à pintura um excepcional brilho e um ligeiro efeito de profundidade. A ressequida madeira era também polida. Tal diz-nos que o artista era muito inovador e até um pouco atrevido.

É concedida, muitas vezes, a van Eyck a criação da pintura a óleo. Todavia, esta já era relativamente conhecida e utilizada na Flandres do século XIV. Realmente, o que o artista criou foi a tinta a óleo com secagem rápida (hoje em dia esta é, obviamente, mais rápida).

Foi, em 1425, nomeado pelo Duque de Borgonha que veio a se casar com Infanta de Portugal D. Isabel, pintor da corte da Flandres, cargo que conservou até à sua morte.
A relação que mantinha com o duque era de tal importância, que este encarregou-o mesmo com alguns cargos e missões diplomáticas, sobretudo em Espanha, Portugal e Itália.

A sua visita a estes países explica muitas das mudanças e inovações na arte, sofridas sobretudo em Portugal e na Itália. Nesta última, por exemplo, explica-se a grande influência dos primitivos flamengos com as ditas viagens de van Eyck ao país. Note-se, entre outros, a obra de Melozzo da Forlì.
Em Portugal, um país sempre conservador e que "franzia o olho" às novas tendências, toda aquela arte gótica que ainda imperava no país, foi convidada a desaparecer. Esta radical mudança eventualmente pode ser visível nos famosos Painéis de São Vicente de Fora, pertencentes, hoje, ao acervo do Museu Nacional de Arte Antiga, em Lisboa.

Existem certas especulações quanto à provável homossexualidade de van Eyck, com base nesta relação e na relação bastante afectiva com o casal Arnolfini e, em especial, com Giovanni di Nicolao Arnolfini.
É de relevo, na obra de van Eyck, a influência da pintura helenística. O artista costumava conceder profundidade e diversas sombras, mesmo nas zonas onde mais incidia a luz. Tal facto, pode ser considerado como uma iniciação ao realismo.



File:Van Eyck - Arnolfini Portrait.jpg
O casal Arnolfini
retrato o Casamento de Giovanni Arnolfini e Giovanna Cenani
1434
The National Gallery, london
Óleo sobre madeira , 82 × 59.5 cm

Por outro lado, é interessante uma constante elementar, mas de profundo vigor, em quase toda a obra do artista flamengo: as figuras humanas aparecem representadas como se um monumento fossem. Note-se o quadro O Casal Arnolfini, em que, tanto Giovanna Arnolfini como o esposo, Giovanni Nicolao, são representados com recorrência a uma certa "monumentalidade".
Entre seus herdeiros diretos podemos mencionar Rogier van der Weyden, Hugo van der Goes, Petrus Christus, Konrad Witz, Hans Memling, Martin Schongauer e Mabuse.

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre







terça-feira, 24 de maio de 2011

EXPRESSIONISMO ABSTRATO| DESENHO gestual |10ºAno


Franz Kline





Franz Kline – Mahoning









UNIDADE DE TRABALHO 5 | Apontamentos perspécticos

« A pintura tem sempre um pé na arquitectura,  um pé nos sonhos. »
Matta







The School Of Athens – Raphael


Turner
1775-1851
O mundo da Luz e da cor


St. Erasmus in Bishop Islips Chapel, Westminster Abbey
J.M.W. Turner


Peace – Burial at sea


Burning of the houses of Parliament


Gustave Klimt

Gustave Klimt

Homeward Bound – David Tutwiler